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sábado, 13 de maio de 2017

Um acréscimo de azul tingindo o que somos,
Há os que não gostam de saber das estrelas,
Como se o fechar dos olhos nos eximisse de não vê-las,
Como se em algum lugar de abandono nos perdêssemos,
Nos espaços da sobrevivência elas cabem
Eu não discordo desta plenitude que nos difere,
Se o sangue das eternidades flui em dois corações diferentes,
E se a pele úmida retém a luminosidade delas
No entremeado do linho diviso um brilho qualquer,
O sorriso ligeiro de uma mulher, na tepidez dos olhos,
Como se pode fugir deste labor dos astros?
Se ele está em nós
Tentadores gritos que nos veem à boca,
Numa alegria que arde num rio flamejante, num mar de sargaços brilhantes.
Dos sentidos a se insurgirem dos dedos, ao tato de mapear os caminhos dos céus,
Do desejo exaltando o murmúrio dos cegos,
A chama solta a iluminar infinitos,
Quando nas noites inseguras as estrelas certamente nos protegem de nós



Charles Burck 
Samuel Bonilla

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