Um acréscimo de azul tingindo o que
somos,
Há os que não gostam de saber das
estrelas,
Como se o fechar dos olhos nos
eximisse de não vê-las,
Como se em algum lugar de abandono
nos perdêssemos,
Nos espaços da sobrevivência elas
cabem
Eu não discordo desta plenitude que
nos difere,
Se o sangue das eternidades flui em
dois corações diferentes,
E se a pele úmida retém a
luminosidade delas
No entremeado do linho diviso um
brilho qualquer,
O sorriso ligeiro de uma mulher, na
tepidez dos olhos,
Como se pode fugir deste labor dos
astros?
Se ele está em nós
Tentadores gritos que nos veem à
boca,
Numa alegria que arde num rio
flamejante, num mar de sargaços brilhantes.
Dos sentidos a se insurgirem dos
dedos, ao tato de mapear os caminhos dos céus,
Do desejo exaltando o murmúrio dos
cegos,
A chama solta a iluminar infinitos,
Quando nas noites inseguras as
estrelas certamente nos protegem de nós
Charles Burck
Samuel Bonilla
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