Quero desvendar os teus segredos, para
além da tua morada,
Acordo sem o contorno do teu rosto, mas
a essência tua em mim vive intacta,
É clara como um dia de vento e a
imaginação e às vezes vaza,
O dizer sem dizer que me escapa como a erguer
madrugadas apenas com os olhos que querem ver
Mas há segredos guardados que devem ser apreciados
como um belo vinho
Sem pressas
É preciso dizer que as querenças são
marcas que pulsam na pele
E o infinito inventou fome de não comer
tudo, é preciso vagar, contornar os fatos, ir onde a suscetibilidade nos levar
A gula é um dos pecados mortais... Adverte-me
ela,
Mas as minhas delicadezas de fazer
poemas me dão a sensibilidade ao paladar,
Verdade, essa é a essência...
Calo-me arrepiado, por não saber o que articular,
mas podia esquecer cada dialogo, precisava guardar tudo em poema,
Ao que não se saber o que falar, que não
dizendo, mas querendo dizer, o gosto venha a aflorar sem palavras
Não quero cair em pecado, mas a sensação
da tentação já tem nome,
Não quero servi-me dos olhos e perder o desejo
de saber tão bem delibar o que nunca se teve na boca.
No coração de quem sabe amar além do
corpo, há de pegar a chave de tua fechadura
Isso
é loucura! A imaginação, às vezes, é muito fértil - Repete-me ela,
É
verdade, eu sei.
Mas
no fundo o problema é dar mais do que se recebe, assim em tempos de seca. planto
sementes então.
Raízes
que penetrem o cadeado, acreditando que quem pode ver além do amor,
Não
há de se sentir frustrado
Charles
Burck
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