A terra nua, disposta,
Que por vezes desejei louca, a arder
Assim como queimam os corpos, nus, dispostos,
Postos com a indiscrição do desejo,
Fogo nosso
Na mesma sintonia de nossa febre,
Ateei-me fogo como um clarão combinado,
Lua nua, admirada,
Os templos queimados, as cinzas transformadas a
cada respirar,
Parecíamos um santuário em chamas
O carmim queimando o dourado, a arte de morrer
imolado
Lambíamos as palavras como açúcar queimado
Amor adoçado em saliva
Quando falávamos de tudo
Só falávamos de nós
Charles Burck
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