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domingo, 14 de maio de 2017

Imagem Hartwig Kopp-Delaney
A velocidade das horas muda a natureza da folha,
O sexto sentido brincando com os sons das palavras
Um ato imprudente de lamber-te a nuca quando estavas prestes a me morder o pescoço,
O poema ficou impresso na língua para outros atos de amor,
A felicidade pode se travestir de bala de coco 
De sentir a tua respiração no meu rosto
Somos assim casuais, já marcamos encontros bem acima dos oceanos, para al´me do que se conhece como nós
Comemos sushi de pijamas e levamos Neruda para cama,
Secretamente, entre a sombra e a alma é natural que a vida se assuste conosco,
Quando alguma coisa não anda certa, preferimos nos chegar mais perto e entender nossas diferenças,
Sermos dois em um é o habitual de nossa rotina,
As nossas meias palavras são absolutamente entendidas, as almas inteiras se falam sem dizer nada
À da beira da cama fiz meio poema ao teu corpo pleno, trêmulo, à espera,
Não deu tempo...
Tu, sempre me soubeste, e hoje não é diferente,
Eu não queria falar muito sobre nós, mas tu me adentra com seus olhos de raio-x,
Fazendo propostas indecorosas, deixando as tuas janelas cor de rosa abertas
para as respostas que eu sempre soube, que sempre me comovem
Quando a tua boca se junta à minha, na alegria de sorrir,
As nossas almas evaporam, sabemos então, o que é ser felizes,
Charles Burck

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