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quinta-feira, 4 de maio de 2017



A saudade decidida vinda para ficar ficou cantando Belchior,
Do Charles Bukowski tenho um medo danado, ele me pressiona, abre-me as portas dos mortos vivos, põe-me os hormônios em polvorosa,
A filosofia do submundo acessando as minhas mãos e por inteiro os meus olhos
Diz-me que a casa é a mesma, as portas abertas, as janelas pintadas de verde,
Que não há partidas quando não se vai
Eu já vi um filme igual a esse, mas nunca chego ao final, trafego entre dois mundos
Entrando pela porta da frente e saindo pelo quintal
A moça pássaro azul cuidou-me à noite toda, como se fosse ela o dia,
Detestamos as calmaria que não dizem nada, o silêncio das estrelas
Desenhando as dores fora de nós,
A dor é uma coisa tão estranha, só existe para dizer-se nossas,
Para nos dar a dimensão dos instintos do mundo
O DNA latejando quando a alma está fora do lugar,
Não há cura para quem não sabe sofrer, a dor é maior quando não dói,
Porque não dá chances à cura
Quando não expurga de nós o que nos sobra, os excesso
Pareço estúpido no discurso invertido da minha loucura, e sou,
Não há cura também para isso,
A não ser que encontre alguém que sofra do mesmo mal que eu,


Charles Burck


Anthony_Mirial

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