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sábado, 3 de novembro de 2018


O apocalipse sentou-se no meio da estrada, para dar um descanso
Você tem o dom de me conceber felicidade
Tiramos as roupas agora mesmo, aqui
Façamos amor enquanto a vida estanca
Mas o amor nunca se cansa, nunca,
Vejo-o sentado também
A dialogar com o tempo, com os combatentes
 e o caos do mundo
Nesse prelúdio da guerra só queremos um minuto
Um intervalo, a paz de sermos infinitamente felizes



Charles Burck 
even liu



A pipa não sabe voar, mas voa
Assim o  sol não pede licença às flores e as come,
A flor é uma coisa cega 
Uma costura de pregas no seio da terra
Uma foto grávida de sementes
A ausência de coisas más, que fugiram dos olhos
Escrevi um poema quando risquei um fósforo,
Quando chamei o teu nome numa noite insone
Há pesadelos maiores quando acordamos
Se não houvesse amor não havia poemas e no lixo não reciclado se  esconderiam as palavras descartas nas vidas sem romances
Tudo seria descartável
Tudo seria uma frágil memória do tempo
Que morreria a cada nascer do dia

Charles Burck 








Contra manifesto, à proposta antidemocrática do #poetas não e pelo fim de clausulas de barreiras ao amor

#sim aos poetas


Amar extrapola a compreensão, não é causa exclusiva à razão,
É uma dimensão não contida à critérios de qualificação
Ama-se apenas, amar não é substância de deter a alma, já que a alma exala o que contem
Ama-se do substrato ao todo, os olhos que contêm o universo, o universo que nos vaza dos olhos
Ama-se apenas,
 o amor não ultraja ninguém, nem o poeta detêm o que ama, nem faz resumo de amor ao que acaba o livro, mas faz prólogo aos livros que ainda nem foram escritos
Não se transige ao amor, quem assim pensa, crê que ao que se ao amar a rosa, que o jardins perdem as suas cores, crer que se fecha as janelas às nuances de azul,
Amar é um universo mais amplo aos entendimentos nossos, é um fluxo que não exclui ninguém,  
Se a culpa é dos poetas por amar a todos  extinga-se o amor e parem de escrever poemas

Luis Frutos_