Reluz
Nem tudo o que a alma desprende
é o que ela nos conta,
Ao preparo do alimento que nos
colhe, deixo-me ser elaborado,
O prazer de ser mais quando
aponta ao paladar, o sabor
Cheira a matéria à robustez da
tarde, a solidão atravessava a parede,
Os ossos se alimentam da sede
dos sorrisos enigmáticos,
A nitidez da tarde nas águas
dos teus olhos,
Eu nem me dei conta que a esperava,
Eu nem me dei conta que a esperava,
Era como fazer-se ondas na
conta do vento,
O sabor implícito das
framboesas contando os segredos da natureza,
O saber que era nosso, mas, às
vezes, as sombras chegam,
Como uma nuvem que tapa o sol
na sua necessidade de caminhar,
Os silêncios dos ritos gritavam
o teu nome, de histórias perdidas nos confins da vida,
Eram poucos os dias para tantas
verdades,
A moça de vestido azul a florescer nos cabelos a flor de não chegar tarde,
A moça de vestido azul a florescer nos cabelos a flor de não chegar tarde,
O tempo das certezas já
formigava em minhas mãos,
Desafiei as dores que eu tinha
na vontade de beber
Charles Burck
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