Estranho Amor
Meu estranho amor é alguém
imortal na minha palavra escrita
Penso que quando a flor dos teus sentidos amanhece em mim
Penso que quando a flor dos teus sentidos amanhece em mim
Eu vivo para, assim, pelo
perfume que sinto aspirá-la
Mas ficamos em conflitos,
conosco, com os olhos no limite do choro,
E a pele nos maltratando incandescente
Uma chama que consome a si
mesma
A alma querendo ser pura,
lúdica de ternura
E o corpo inflamando o
consciente
Os infernos são as nossas
chamas a nos queimarem em nossos próprios desejos
O contato imaginário de aves em
voos
Em quedas sobre os corpos aquecidos
nos frêmitos antecipados dos gozos
As horas de preparos,
As antecedências que nos tomam
A dar vida à vida que escapa,
colando os peitos e o ar na boca
O sorrir e o choro
O arrebate do coração incitado,
a lagrima que alivia a sede
Na desordem do pensamento, uma
ânsia nas lonjuras,
Uma vista para o mar,
A distância que encolhe, a fome
que tem nome, o apelo das ondas
Loucura consentida a se
espalhar em frases apressadas
E eu sem bote salva vidas,
prestes a mergulhar nas profundezas das águas
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