Translate

terça-feira, 30 de maio de 2017

Você me fala de solidão, da pedra sentada na estrada
O vento a tirou para dança e você não dançou,
O que amarga sua amargura?
A lua andou aberta e cheia e você vazia e escura
Tudo é para o bem, eu sei,
O mal só vai até onde lhe cabe, eu corro todos os riscos,
e você nem salga a vida,
Há alguma coisa desbotada nas tuas penas azuis,
Uma monotonia sem domingos
Um poema largado, esquartejado em praça publica,
Você se ausentou oblíqua, sem coragem de levar voos e com medo do chão
Fechou suas janelas para mim, mas esqueceu de que eu sou o ser que passa pelas frestas,
O calor que a aquece do frio,
Quem recolhe as pedras do seu caminho
Você fala da solidão sentada na pedra da estrada,
Eu sei, não faz mal, tudo tem o seu tempo,
Deixe-me sentar o teu lado, que eu a espero


Charles Burck






Nenhum comentário:

Postar um comentário