Você me fala de solidão, da pedra sentada na estrada
O vento a tirou para dança e você não
dançou,
O que amarga sua amargura?
A lua andou aberta e cheia e você
vazia e escura
Tudo é para o bem, eu sei,
O mal só vai até onde lhe cabe, eu
corro todos os riscos,
e você nem salga a vida,
e você nem salga a vida,
Há alguma coisa desbotada nas tuas
penas azuis,
Uma monotonia sem domingos
Um poema largado, esquartejado em
praça publica,
Você se ausentou oblíqua, sem coragem
de levar voos e com medo do chão
Fechou suas janelas para mim, mas esqueceu
de que eu sou o ser que passa pelas frestas,
O calor que a aquece do frio,
Quem recolhe as pedras do seu caminho
Você fala da solidão sentada na pedra da estrada,
Eu sei, não faz mal, tudo tem o seu tempo,
Deixe-me sentar o teu lado, que eu a espero
Charles Burck
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