A
ânsia trafegava no medo como efeito de droga estragada
Percorria
em arrepios o pescoço, mas somos nós a mistura de nós mesmo,
Condimentado
pelas experimentações dos outros,
Um
poeta enfeitado de vestes antigas mergulhando no pós-moderno das resistências
O
céu experimentando as belezas do inferno
As
delicadezas da águia azul. “Não há rebaldia sem assombros”. Diz-me ela a
olhar-me do alto
As
minhas costas postei um cartaz; “Não me apunhale pelas costas, meu coração
exige respeito”.
Escrevi
diligências ao Papa, em escala de cores básicas colhidas nos jardins do
inferno,
Persevero
no espectro dos devaneios, temos aparências idênticas e quantas vezes nos
assustamos com isso,
Sonhos
interiores, que nem sempre chegam à superfície, mas que vazam em apelos de
conhecerem a real substância de serem.
Nossos
templos entre os portais dos céus e das tormentas transcendem sempre, sempre te
sonho e acordo quando o melhor está para acontecer
E
sofro e rio, por vezes beiro a felicidade, outras transito nos bordais dos
precipícios, nas profundezas do que fomos,
Meu
sangue ferve sempre, há abundâncias de chamas, eu atento aos teus chamados,
Mas
não deixo o meu pescoço à vista do vampiro,
Ofereci-lhe
um bom Bourbon e ele não se fez de rogado, bebeu até a ultima gota
Charles
Burck
Robert Auer
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