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sábado, 6 de maio de 2017




A ânsia trafegava no medo como efeito de droga estragada
Percorria em arrepios o pescoço, mas somos nós a mistura de nós mesmo,
Condimentado pelas experimentações dos outros,
Um poeta enfeitado de vestes antigas mergulhando no pós-moderno das resistências
O céu experimentando as belezas do inferno
As delicadezas da águia azul. “Não há rebaldia sem assombros”. Diz-me ela a olhar-me do alto
As minhas costas postei um cartaz; “Não me apunhale pelas costas, meu coração exige respeito”.
Escrevi diligências ao Papa, em escala de cores básicas colhidas nos jardins do inferno,
Persevero no espectro dos devaneios, temos aparências idênticas e quantas vezes nos assustamos com isso,
Sonhos interiores, que nem sempre chegam à superfície, mas que vazam em apelos de conhecerem a real substância de serem.
Nossos templos entre os portais dos céus e das tormentas transcendem sempre, sempre te sonho e acordo quando o melhor está para acontecer
E sofro e rio, por vezes beiro a felicidade, outras transito nos bordais dos precipícios, nas profundezas do que fomos,
Meu sangue ferve sempre, há abundâncias de chamas, eu atento aos teus chamados,
Mas não deixo o meu pescoço à vista do vampiro,
Ofereci-lhe um bom Bourbon e ele não se fez de rogado, bebeu até a ultima gota



Charles Burck 

Robert Auer 

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