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quarta-feira, 3 de maio de 2017

Mãos invisíveis
  


As lembranças das vidas passadas viajam à luz da lua
Ar florescido de brumas nevadas,
A flor nos cabelos da saudade exposta,
Mãos invisíveis que adornam os dois mundos que há
O morto me fala sobre o agora, como se a palavra ainda vingasse
O vivo ora escondido a dor do medo da morte,
As inquietudes marcando lugar,
As margaridas sempre vivas cantam ternamente,
Canções de partir, canções de ficar,
As micro dálias fogem entre os dedos,
A noite já vai alta e muitas almas viajam,
Na plataforma deste mundo um trem parte agora,
Rumo ao mundo do lado de lá,
O adeus aos que ficam, o consolo que a vida tem duas portas,
Ambas abrem pelo lado de dentro, mas quando você entra
Acha que ficou do lado de fora...


Charles Burck 
Imagem : Howard Behrens





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