Sırada-Marek Brzozowski
Algumas coisas sempre eram tão familiares
aos olhos,
Viver é se aproximar mais, sentir, perceber
Falamos dos cheiros, das afetividades,
da pele que nos relata sentimentos,
Podemos sentir no cheiro e na pele,
noções de sensibilidades, revelações, solidões, antigas saudades
Podemos invadir o tempo da pele e
concluirmos muitas coisas,
Podemos serenar o cheiro, misturá-los, fazermos
experimentações,
Do ópio com jasmim, o cheiro dos olhos
dela,
Da rosa campesina como o cravo burguês,
um conto de superação das diferenças sociais,
O cheiro do papiro da carta escrita
centena de anos, com a verbena do império romano,
Posso falar de tantas coisas, cada qual
no seu devido lugar, das combinações que dão certo,
Da caixa de costura com linhas
coloridas, do botão que pulou o muro para amar outra flor,
Mas outras tantas coisas têm o jeito da
gente,
Coisas que são melhor não mudarmos de
lugar, a poeira assentada é a melhor solução,
Sempre que mexo nesse pó meu olhos se
enchem de saudades....
Charles Burck
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