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terça-feira, 16 de maio de 2017

O capim molhado com cheiro de alguém...
Quantas lembranças regadas de orvalhos
A nano natureza invisível aos olhos,
O que vejo sem ver se manifesta entre eu e tu
Estamos integrado a tudo
A inscrição de um poema nas asas da borboleta azul
Um fio tênue ligando o bicho à seda,
A energia se desprendendo da vontade de te ter
E tu me chamando no silêncio do não dizer,
Traz a intuição de que somos bicho e gente
Não nos desprendemos porque estamos conectados,
Tu não partes e eu não me deixo ir
A vida é uma experiência de prazer,
O gozo de deus em nós
O teu barco que eu sou, a atracar o meu cais,
Os velames ufanos ao vento quente
O mastro principal que geme
O focinho da raposa a cheirar a pele no cio,
A rosa que desabrocha ao adubo natural do sêmen
Tu minha fêmea sagrada, eu teu macho maldito,  
No acasalar contrito dos bichos, o sublime e o profano
Nos entregamos, entre os linhos divinos e cansaço dos humanos


Charles Burck 
Pakayla Biehn 

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