A
felicidade é minha amiga, de me dar a mão e escovarmos juntos os dentes,
De
nos dias frios tomar um copo de leite quente,
Às vezes, quando eu expando
saudades até me perder de vista, ela desenha com as sombras da parede monstros
engraçados,
E
vamos ler Marguerite Duras de
trás para frente,
Sentar na escada onde as ondas encontrem os
meus pés no batente
E desliga o interruptor dos
medos, desbotas as cores do passado para colorir o futuro,
Alguém disse um dia para eu
sorrir mais vezes, que a minha loucura tem lucidez na cor
Quisera eu poder dizer-te
que não morri quando te fostes, nestes momentos eu guardo a felicidade no
armário, entre casacos surrados e coisas antigas,
Não tenho por quem mandar o
recado, escreverei um manuscrito: A dor não me venceu
Mas nunca fiz nada de
propósito, aposto que tu também não,
Mas a curiosidade me chega
forte – Será que alguém dorme contigo?
Deixarei uma folha em
branco, uma tela em branco num quarto branco, como um sortilégio a acontecer,
Digo que tu não levaste
nada de mim, mas eu não quis nada, sinto apenas que me falta um pedaço da alma,
Um grande pedaço onde eu
guardava os meus sonhos,
Pobre da felicidade já deve
estar sufocada...
Charles Burck
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