A poltrona laranja
Sentado na poltrona laranja diante da janela viajava em
pensamentos
Do horizonte ao teto, do chão à luminária vermella
Pendida como um sol dentro da sala,
Um céu, apenas de difusa luz encarnada,
É o que eu tenho agora, quando nos temos à distâcia,
No peito o coração pendurado, a ler os teus olhos
Que nem sempre a mim se mostraram,
Poemas que eu arrisco coletar nos mistérios de ti
Deixa-me sonhar os mitos, os deuses loucos sem perguntas elaboradas,
Deixa-me adormecer no alheio mundo sem cotas de tempo
A vida alongada nos desenganos de coisas perdidas,
Que não te assuste comigo, apenas penso que sonho,
Mas no colo da poltrona cabem bem mais que um
O convite formulado ficará pulsando no teu seio,
Um anjo sustenido infernizando os teus pensamentos
Uma quase vontade de tudo largar e um natural fenômeno de se dar ao amar
De se grudar no sacro bendito e voar ao aconchego da poltrona como asas angelicais
Esse sabor de experimentar-me melhor a invadir-te as veias e o cérebro,
Tão veemente álcool criando azular de céus e das estrelas,
Gozos a cunhar sobre abóbadas celestes, lanternas japonesas,
Amor sem pesadelos.
O pior agora passou, sorria então,
Todas as mortais angústias vencidas, as rimas sem conexões,
A maldição do poema, tudo passou ante os meus olhos,
A maldade da separação, os pontos de interrogações,
Tudo queimado no bafo do anjo limpando as bocas aos sagrados beijos
Tudo ao conforto da poltrona laranja
Do horizonte ao teto, do chão à luminária vermella
Pendida como um sol dentro da sala,
Um céu, apenas de difusa luz encarnada,
É o que eu tenho agora, quando nos temos à distâcia,
No peito o coração pendurado, a ler os teus olhos
Que nem sempre a mim se mostraram,
Poemas que eu arrisco coletar nos mistérios de ti
Deixa-me sonhar os mitos, os deuses loucos sem perguntas elaboradas,
Deixa-me adormecer no alheio mundo sem cotas de tempo
A vida alongada nos desenganos de coisas perdidas,
Que não te assuste comigo, apenas penso que sonho,
Mas no colo da poltrona cabem bem mais que um
O convite formulado ficará pulsando no teu seio,
Um anjo sustenido infernizando os teus pensamentos
Uma quase vontade de tudo largar e um natural fenômeno de se dar ao amar
De se grudar no sacro bendito e voar ao aconchego da poltrona como asas angelicais
Esse sabor de experimentar-me melhor a invadir-te as veias e o cérebro,
Tão veemente álcool criando azular de céus e das estrelas,
Gozos a cunhar sobre abóbadas celestes, lanternas japonesas,
Amor sem pesadelos.
O pior agora passou, sorria então,
Todas as mortais angústias vencidas, as rimas sem conexões,
A maldição do poema, tudo passou ante os meus olhos,
A maldade da separação, os pontos de interrogações,
Tudo queimado no bafo do anjo limpando as bocas aos sagrados beijos
Tudo ao conforto da poltrona laranja
Charles Burck
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