Este corpo ainda sente
a força da chuva que cai forte,
Sinto o ressonar
de cada osso
Cada alongar dos
músculos das costas,
Nada me oprime,
mas quero namorar esse rosto que nada me diz
Enquanto o
envelhecer fala em mim
Dar asas ao
cansaço para que ele voe para longe
Diga uma palavra,
quero conhecer sua voz, o som que contem a tua alma
Calma, nem peço
muito, é um momento de sossego para dar tempo à vida nova que se ajusta
O corpo é o
mesmo, mas há formas de aventuras a maturar as frutas mais novas
Desejos impróprios que nos fazem renascer
Desejos impróprios que nos fazem renascer
São tantos,
tantos, que em meus olhos povoam que parecem crianças à porta da escola,
Ou um bando de
gaivotas esfaimadas dispostas sem regras no céu,
Eu te
adivinho ao visualizar a ideia do gosto, o sabor se espalhando na boca,
Tomando a
garganta, o peito, o coração pela substância a adentrar cada célula
É assim eu
sou, um peixe a tentar respirar numa poça
O fim de festa, o
final de semana, um adeus em algum momento da vida,
Os olhos que se
recusam a partir.
É essa a corda que me envolve o pescoço,
É essa a corda que me envolve o pescoço,
Não tenho mais
tempo,
deixe-me ir
Ou puxe-me o laço
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Charles Burck
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