Translate

sábado, 30 de setembro de 2017

Este corpo ainda sente a força da chuva que cai forte,
Sinto o ressonar de cada osso
Cada alongar dos músculos das costas,
Nada me oprime, mas quero namorar esse rosto que nada me diz
Enquanto o envelhecer fala em mim
Dar asas ao cansaço para que ele voe para longe
Diga uma palavra, quero conhecer sua voz, o som que contem a tua alma
Calma, nem peço muito, é um momento de sossego para dar tempo à vida nova que se ajusta
 O corpo é o mesmo, mas há formas de aventuras a maturar as frutas mais novas
Desejos impróprios que nos fazem renascer
 São tantos, tantos, que em meus olhos povoam que parecem crianças à porta da escola,
Ou um bando de gaivotas esfaimadas dispostas sem regras no céu,
Eu te adivinho ao visualizar a ideia do gosto, o sabor se espalhando na boca,
Tomando a garganta, o peito, o coração pela substância a adentrar cada célula
É assim eu sou, um peixe a tentar respirar numa poça
O fim de festa, o final de semana, um adeus em algum momento da vida,
Os olhos que se recusam a partir.
É essa a corda que me envolve o pescoço,
Não tenho mais tempo,
deixe-me ir
Ou puxe-me o laço logo

Charles Burck
 
by Vladimir Dunjic



Nenhum comentário:

Postar um comentário