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sábado, 30 de setembro de 2017

Até quando as paredes se doerão por mim?
E as portas rangerão as dobradiças das nossas ferrugens,
Ruídos das substâncias que choram e sentem
Porque elas ouviram tudo o que dissemos, que amamos e vivemos, tudo intensamente
Tomaram-nos os segredos para si,
Mal guardadas malicias, as unhas rabiscando o quarto
Até as paredes sabem quando a afeição suspira,
Quando as bocas se calam,
Quando o amor vai embora
Dizem.


Charles Burck 

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