Até quando as
paredes se doerão por mim?
E as portas
rangerão as dobradiças das nossas ferrugens,
Ruídos das
substâncias que choram e sentem
Porque elas
ouviram tudo o que dissemos, que amamos e vivemos, tudo intensamente
Tomaram-nos os
segredos para si,
Mal guardadas
malicias, as unhas rabiscando o quarto
Até as paredes sabem
quando a afeição suspira,
Quando as bocas
se calam,
Quando o amor vai
embora
Dizem.
Charles Burck
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