Eu já abandonei as verdades,
Os olhos castanhos enfeitiçaram-na
O vício de estar atrelado a algum conto sem fim
Os viços das falas das fadas,
As minhas claras insuficiências de ar
As minhas cordas bambas por demais esticadas,
As minhas cordas bambas por demais esticadas,
Os lastros das desgraças com pesos demais,
As ondas que pelejam chegarem a mim,
O que se passa com o mar tão agitado assim?
Eu já não cato as verdades nas sarjetas,
Nas asas mentirosas da falsa borboleta,
Eu desprezo os ventres abertos por onde ela sangra,
Eu desprezo os ventres abertos por onde ela sangra,
Não tenho mais tempo a me dar, os seios secam a
cada passar,
A noite escapa,
Agora o que me cabe da verdade? Se a cada poema
preciso tanto da vida?
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