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sábado, 23 de setembro de 2017

Meu coração de tantos apelos, cego, córneas de parafina
Pintado de amarelo ouro, ranhuras e cicatrizes.
Por onde anseiam os dias, instintos, arrepios nos pelos
Sei por onde você passa, e espero
Esperas de morrer todos os dias, por um sol que se desfaz no céu,
E a janela da alma se entrega às chamas que escorrem, no fogo que invade os jardins que queimam
Eu estranho a mim mesmo, as pegadas perdidas,
As sensações dos seus pés que caminham por caminhos que nunca passaram,
Obrigo os tempos a serem de verdade, mas as expectativas de febre atiçavam-se multiplicando o fogo,
Vida sem vida, andaços de tristezas e esperas, iluminados letreiros, olhos que nunca te veem

As mortes preparando as camas, para os amores que nunca morreram 

Charles Burck 
Benjamin Shiff 

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