Meu coração de tantos apelos, cego, córneas de
parafina
Pintado de amarelo ouro, ranhuras e cicatrizes.
Por onde anseiam os dias, instintos, arrepios nos
pelos
Sei por onde você passa, e espero
Esperas de morrer todos os dias, por um sol que se
desfaz no céu,
E a janela da alma se entrega às chamas que
escorrem, no fogo que invade os jardins que queimam
Eu estranho a mim mesmo, as pegadas perdidas,
As sensações dos seus pés que caminham por caminhos
que nunca passaram,
Obrigo os tempos a serem de verdade, mas as
expectativas de febre atiçavam-se multiplicando o fogo,
Vida sem vida, andaços de tristezas e esperas,
iluminados letreiros, olhos que nunca te veem
As mortes preparando as camas, para os amores que
nunca morreram
Charles Burck
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