As asas cortadas
O feitiço que não vingou
A morte matou a sorte com um golpe só,
Somente os cabelos do mártir balançam aos ventos,
O amor crucificado, os olhos vazados,
Ainda se esforça para levar
Quantos segredos ficaram na tua pele feito
primavera,
Ao que correram os meus dedos pelas tuas costas, um
jardim se abriu
Ao ar que respiro queria poder de novo sentir cada
perfume
Cada mil anos de viajar num segundo
Quantas primaveras contamos?
Quantas se perderam de nós?
Hoje percorro trilhas de cuidar das matas
Dos rios lentos de carregar as folhas,
Cada segredo revelado à roda do tempo
Nos olhos mais cinzas que as tempestades
Não sei das primaveras. Quantas já se foram
Perguntas que ninguém soube me responder
Nem mesmo a ilusão nos meus olhos estagnada
Charles Burck
Nenhum comentário:
Postar um comentário