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sábado, 23 de setembro de 2017

O bêbado, louco, chamaram o nome de alguém,
Sinceramente a transparências dos bêbados é dos loucos
Carregam vestígios de poemas,
Eu que me atrevo a versar nas concretudes do que tenho, preciso me vestir da essência da loucura,
Habitar asas de ternuras cingidas de penas e o senso disperso de saber voar,
Ou saltar das altitudes dos teus sorrisos se divertindo das minhas tentativas de procuras,
Longe, perdido de te encontrar
Depois que saístes de mim e fostes ser de qualquer um
Sinceramente perdi os teus passos nos desenhos do caminho
Ao tentar definir em palavras o que eram sentimentos de ti
No que levas a ler em cadinho as alquimias das distintas histórias que conto de um corpo que eu não sei mais,
Ainda que a veja nua como quem me chama, temo perdê-la para sempre
As regras insistindo em definir os meus destinos que traço,
Os meus sonhos como uma bolha que se sopra de emoções das mais intensas,
Tentando mantê-la intacta no equilíbrio impreciso, com mil causas munidas de alfinetes
No desejo perverso de estourá-la


Charles Burck




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