Como o vento que solfeja ao ouvido da morte
As asas do dia festejam a bebida que ferve ao sol,
O chamamento de arrumar cada coisa em seus lugares,
Meu corpo ao aceso, os vincos das faces, as uvas
roxas,
Os nacos da carne, o sangue fazendo desvios,
De um coração ao outro, na taça,
As borbulhas que nascem do oxigênio que desvio
Do meu verdejar, nas parreiras de cachos de aurora,
A cada anjo que se vai, fazendo de conta que não
viu
As palavras escritas no tronco da arvore da vida,
O teu, o meu, o viço de algum amor tardio,
A brotar das raízes cansadas de esperar o
amadurecimento do vinho
Charles Burck
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