E o eco repete o que eu digo, das vestes tuas que
me deram abrigo,
Os sons dos peitos a se juntarem e eu agradeço num
poema só nosso
O que de mim for celebrado haverá de ressonar em
ti, a cada argumento, a cada pensamento, a cada sonhar
E de todos os átomos e células a respondem em
uníssono
O que das texturas da alma nos habita
Então presumirás que a vida é uma só, mas é mais
De onde deitamos a olhar os campos e a esperar o
bocejo de Deus,
Os alívios dos olhos nos verde, as casas novas que
imaginamos florescendo às margens do rio,
E o capim que cresce para festejar mais um dia,
O sangue que absorve o ferro da terra, as línguas a
sentirem o sabor do verão,
Em algum momento haveremos de repetir essa cena,
nascida de nós, ao que nascermos de novo em vestes novas,
E a cada prosa da vida, todas as flores novas darão
fim às rotinas do bem e do mal,
Onde não haverá o fastio dos dias vazios,
A energia natural a afastar os estorvos,
Eu no desejo de ser a destilar a fragrância do
amanhecer, a essência de poder escolher a cor do dia,
E o único delito que haverá, será o de te amar
todos os dias, a inebriar-me de nada fazer, e festejar o fato de poder ser
completamente teu
Charles Burck
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