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quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Sei que não morrestes, o amor é uma história que contamos todos os dias
Tínhamos no futuro tantas certezas, éramos suspeitos demais,
Escrevia nas agendas o nome dele como amigo íntimo,
Até que um dia deixou de sê-lo
Depois tudo foram páginas despedaçadas,
Como se todas as verdades virassem as melhores amigas de todas as  mentiras,
 A vida e as suas armadilhas perigosas, uma bala mortífera, onde todos os cupidos são incriminados,
Mas na escuridão não se distinguem os anjos, todos agem com cautela e se esquivam de culpas,
No meio do nada o samaritano é um salteador,
Não quero mais histórias prontas, em letreiros de uma metrópole despovoada, mergulhada no breu
Um teatro de falsos atores, roteiro de paginas rasgadas, é a teatralização incertezas,
A comédia dos arrependidos
As dores de hoje somente aceitam drama...

Charles Burck



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