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quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Talvez seja sempre difícil respirar depois de um beijo,
Filosofar sobre poesia e encontros fortuitos,
Quando por trás dos olhos há mais,
Quantas vezes eu fecho os olhos para senti-la melhor,
Janis Joplin cantar melhor quando não a vejo
E eu nem sei bem lidar com tudo isso,
Sigo apalpando o caminho, águas, escamas, nadadeiras,
Todo o mar que é você,
O mar de afogar nos cabelos, o nadar nos lençóis,
Há vida tão célere na cama virada para o norte,
Sou esse segredo de barcos de largados às correntes,
A noite assoviada a mel e passas,
A moldura que enquadra o teu rosto,
Onde toda a geografia sentida nas mãos, manuseia abismos entre os teus seios,
Se não assim perdido, de qual outro modo eu teria encontrado a ti,



Charles Burck 

                                                             Justyna Kopania


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