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quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Ainda há o viço, a inspiração de outros dias amenos,
Talvez porque eu cultive ainda esses tempos,
Não escondo o que sinto, admito a minha de decadência
Mas os meus olhos sempre veem a tua beleza como uma obra de arte
Em outras paredes, em outra qualquer galeria
E eu a admiro com a maior humildade
Com a alma coberta de vergonha dos meus defeitos,
Da minha falta de coragem, dos meus apelos,
A minha tela limpa a espera dos pinceis
Mas também sou um artista ao que não me escondo,
As minhas verdades te exponho
As minhas tintas tão puras como uma doce forma de arte


Charles Burck 

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