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segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Para que aos olhos enxerguem o contemporâneo, fecho-os para não ver do mais que eu tenho,
Os embaralhados de Picasso, os obscuros de Byron, e os delírios devassos de Bukowski nos expõem, a origem do que somos, o mundo ao qual pertencemos
Do contemporâneo sinto o homem mergulhando no vazio em busca de sua alma,
Afinal o fatal é tão atual,
Por torpor ou despudor a ponta do iceberg está dentro do homem,
Onde tudo o que nos engole, vem de nossas próprias bocas e a sua própria fome da morte,
As vestes da moça despida é o pano caído entre as pernas
A fúria e me empurrar ao largo do caminho que desconheço
É a ponta da lança no peito, aperta
Os dias tão nossos a chafurdar nos pastos,
A fé o os mitos se desconstroem e de joelhos proclamam,
A morte é a arte,
A morte é a melhor parte do que não sabemos
A morte é tão contemporânea
  


Charles Burck 

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