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segunda-feira, 23 de outubro de 2017

É sempre novo o sentido da existência a cada onde que chega,
Numa outra varanda tão distante de mim, há um setembro que marcando um texto,
Em mil estátuas de corais azuis e hortênsias de Matisse pintadas na parede da sala,
A manhã toda acordada me chama e me diz,
Aqui houve roseiras, mas não rosas,
Foram mortas antes da hora, como se as esperas não houvesse trazido ninguém,
Pareço uma cor prolongada,
A eternidade das coisas sagradas,
A juventude escapada para além de mim



Charles Burck 

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