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terça-feira, 3 de outubro de 2017

As pedras soltas, mal postas, as calçadas não se importam como quem caminha sem olhar para frente
Almas sem vínculos com as próprias sombras, gente sem olhos de ver,
Tempos onde não se nasce ou se morre, tudo obstante possa parecer, já não é
Sem lembranças ou memórias vivem tantos, corpos somente, perdidos de suas casas, os olhos desligados do ser
Um exército de rostos transcritos no diário da solidão,
A noite não me traz recompensas, as topadas não são vistas no escuro
 Retomo o hábito matinal e atravesso a vizinhança
Tudo vive sem calmas ou sem pressas, se não olho para o chão



Charles Burck 
olbinski

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