As pedras soltas,
mal postas, as calçadas não se importam como quem caminha sem olhar para frente
Almas sem
vínculos com as próprias sombras, gente sem olhos de ver,
Tempos onde não
se nasce ou se morre, tudo obstante possa parecer, já não é
Sem lembranças ou
memórias vivem tantos, corpos somente, perdidos de suas casas, os olhos
desligados do ser
Um exército de
rostos transcritos no diário da solidão,
A noite não me
traz recompensas, as topadas não são vistas no escuro
Retomo o hábito matinal e atravesso a
vizinhança
Tudo vive sem
calmas ou sem pressas, se não olho para o chão
Charles Burck
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