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sábado, 21 de outubro de 2017

Daí-me a pureza dos versos pudicos sob as cobertas que nos agasalha,
E o encantamento que gargalha ao que toca os teus pelos púbicos,
E eu me embriagarei de novo como o jovem que faz amor pela primeira vez,
Que toma o primeiro porre e morre de amor cada vez que deita ao teu lado
E me encantei outra vez ao mergulhar a cabeça na noite,
E experimentar o liquida do cardápio divino que alimenta a minha boca,
E direi que cada pedra é flor e tocarei a folha viva, como algo que ainda sem nome vem me dizer ser o teu perfume,
E namorarei os teus ombros com a gravidade dos que sorrir apaixonados
Na canção que vibra em cada deslizar da minha pele sobre a tua pele,
E sei que mais viverei aos desejos de te ter outras tantas vezes,
Do lúdico dos seios que arrepiados manifestam o desejo de serem tocados
E os beijos que revoam o quarto como aves pulsantes, canoras formas de manifestação do quanto o amor cabe em todas as asas que existem
O instinto da noite pernoitará os teus braços, como laços a nos ligar sem prender, a navegar as ondas dos céus,
O corpo a inflamar languidamente sob as minhas mãos cintilantes,
Tanto no tato da alegria, quanto nos adornar da falta de pudor,
A mulher nua transportada no espírito do pão, do vinho, do sal,
Do chão encarnado da resina da terra, do azul escancarado das janelas do quarto,
O debruçar sobre os batentes onde para o tempo ao mirar os teus olhos,
Minha mulher, flor de todas as flores criadas, floridas, exaladas,
Por todos os dias da minha extasiada vida, jamais ouvirás um ai, de todas as flechas lançadas sobre o meu dorso,
Mas todas as canções farei como musicas brotadas de cada hálito do tempo que regressa ao ventre
A loucura dos sentidos a definir a música, a carne que chameja vida, porque é de ti que me vem o fogo, o roçar na pele do divino,
O sono, senhor dos sonhos, o amor que não adormece para cuidar de nós

Charles Burck




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