O que escrevemos
é a nossa expressão de sentir o mundo,
Não podemos
exigir que os outros nos compreendam,
Quantas vezes eu
me afogo nessa sensação de mar,
Nas ondas que
frequento, nas frequências de marolar,
Nas tempestades
cinzas de nossas tormentas,
Como exigir que
os outros nos naveguem se mal controlamos nossas tragédias,
Nossas
profundezas abissais, nossas fossas de engolir navios,
Há nessas águas
adentro reflexos que nem vemos, de azuis ou de noites eternas,
Quantas noites
quero apenas adormecer algum canto de sereia
Esquecer-me, sem
nem ao menos querer saber de mim
Charles Burck
Pierre- Augsute Renoir Femme à la peruche
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