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quarta-feira, 4 de outubro de 2017

O que escrevemos é a nossa expressão de sentir o mundo,
Não podemos exigir que os outros nos compreendam,
Quantas vezes eu me afogo nessa sensação de mar,
Nas ondas que frequento, nas frequências de marolar,
Nas tempestades cinzas de nossas tormentas,
Como exigir que os outros nos naveguem se mal controlamos nossas tragédias,
Nossas profundezas abissais, nossas fossas de engolir navios,
Há nessas águas adentro reflexos que nem vemos, de azuis ou de noites eternas,
Quantas noites quero apenas adormecer algum canto de sereia
Esquecer-me, sem nem ao menos querer saber de mim


Charles Burck 
 Pierre-Augsute Renoir Femme à la peruche

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