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domingo, 2 de julho de 2017

Quando doía ela bebia chá de cura, uma folhinha macerada de uma erva danada de boa,
Que a gente catava no meio do mato lá no quintal,
Mas tinha dias que quase tudo doía, então eu que cuidava dela,
Lembro-me de um dia em que ela chorou aquela dor destemida,
Sim, destemida, de não esconder de ninguém, de chorar livremente sentida
Para essa não teve remédio, não teve jeito não, nem erva de cura e nem eu,
Depois disso ela decidiu tomar chá de solidão...


Charles Burck 

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