Quando doía ela bebia chá de cura, uma
folhinha macerada de uma erva danada de boa,
Que a gente catava no meio do mato lá
no quintal,
Mas tinha dias que quase tudo doía,
então eu que cuidava dela,
Lembro-me de um dia em que ela chorou
aquela dor destemida,
Sim, destemida, de não esconder de
ninguém, de chorar livremente sentida
Para essa não teve remédio, não teve
jeito não, nem erva de cura e nem eu,
Depois disso ela decidiu tomar chá de
solidão...
Charles Burck
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