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segunda-feira, 17 de julho de 2017

Entre nós já não havia quem tocasse a música um do outro,
Eu comi os teus girassóis e você incendiou a minha moto
Quebrou todos os meus velhos LPs, rasgou as nossas fotos juntos
Há quanto tempo esperamos dias melhores?
Caminho pela orla, a espuma branca cega dos mares revoltos faz apelos por nós
Aperto o peito e vou à cozinha prepara um chá,
Peguei os hibiscos que acalma situações de conflitos,
Quando se acalmarão os astros ensandecidos no teto do quarto?
Corto pedaços de papeis e escrevo o nome dela que apanho no ar,
Assim sei que se aquietarão...
A água fervente me chama, os insultos começam a perder os sentidos,
Deixei morangos no creme de leite, açúcar sobre a mesa,
Acendi a fogueira no quintal as faíscas emitem sortilégios
Ela queria demolir a casa velha e eu uma moto nova e os meus LPs e sorriso dela de volta,
As energias negativas não suportam o amor,
Volta então para discutirmos a casa nova,
Para aquele que te ama
para o único que te compreende e te aceita
Chega com esse sorriso amarelo, os olhos estreitos tateando o caminho

Sinto uma mão cofiando o meu peito
Uma carícia
Um ronronar de gata,
Um rosto sem jeito a se esconder nos meus pelos
As fotos?
Tiraremos outras juntos



Charles Burck 
Perf. F . Kiss

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