Assim dentro do
amor há um conforto que não precisa dos homens,
A paz que ressona
em meu peito retomando o sono
Nada que nos lembre
a pantomima da angustia,
O verso embalado em
papel celofane, mas há entre nós quem se lembre do afago no rosto,
Há quanto tempo
caminhamos pelas margens brancas das ondas, sem pressas, quando nada esperamos
dela elas nada esperam de nós,
Sob o manto das noites
apagadas não te cobro nada
Na bainha da xícara a formação do poema, os lábios em batom de
cor, os parágrafos sem pontos
A gramática vigia a língua
A carne dos morangos, os dedos circundando os bicos
dos peitos, a próclise que adentra o pronome do romance,
As aureolas rosadas são metáforas dos seios,
E eu no meio delas cantando prosas...
Charles
Burck
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