Se queres ser amante desocupa de ti o coração inteiro,
Prepare o peito para os efeitos do punhal sagrado, ou o tiro certeiro
A garganta exposta a um ardil maior, o tônus da embriaguez embragando a voz
O mormaço nos olhos, as penas arrancada ponto a ponto,
E a tuas asas te farão caminhar na aridez de todos os desertos do mundo,
Contraditório é que desejaras a sede que não sacia,
A perde de si anunciada em metáforas loucas despidas em múltiplas formas,
E ainda assim lamberás da sua pele o veneno em uma forma de esculpir tua própria alternativa de morte
Receba-o de corpo despido, de alma aberta e mente pura,
Pois ao te tomar por completo ele haverá de fazer-te conhecer todas as selvagens belezas nos caminhos do céu,
E o tempo te fará um desertor de tudo o que dimensiona a vida,
Espremera os teus olhos e comerá tua língua, esgarçará os tecidos dos teu corpo
E em palavras inebriante ele te cravará de mansinho o punhal mais e mais profundo,
Escutarás os uivos da lua e o lobo do desejo lambendo a sua face com a gratidão atemporal de quem experimenta várias vidas em uma,
Mas o amor não dialoga com a razão, como um mercador de negócios,
Age manipulando especiarias, manuseando essências de perfumes doces, pétalas de festejar o pupilo,
Induzindo-o a render-se, o fazendo perder a condução de sua própria vida
Prepare o peito para os efeitos do punhal sagrado, ou o tiro certeiro
A garganta exposta a um ardil maior, o tônus da embriaguez embragando a voz
O mormaço nos olhos, as penas arrancada ponto a ponto,
E a tuas asas te farão caminhar na aridez de todos os desertos do mundo,
Contraditório é que desejaras a sede que não sacia,
A perde de si anunciada em metáforas loucas despidas em múltiplas formas,
E ainda assim lamberás da sua pele o veneno em uma forma de esculpir tua própria alternativa de morte
Receba-o de corpo despido, de alma aberta e mente pura,
Pois ao te tomar por completo ele haverá de fazer-te conhecer todas as selvagens belezas nos caminhos do céu,
E o tempo te fará um desertor de tudo o que dimensiona a vida,
Espremera os teus olhos e comerá tua língua, esgarçará os tecidos dos teu corpo
E em palavras inebriante ele te cravará de mansinho o punhal mais e mais profundo,
Escutarás os uivos da lua e o lobo do desejo lambendo a sua face com a gratidão atemporal de quem experimenta várias vidas em uma,
Mas o amor não dialoga com a razão, como um mercador de negócios,
Age manipulando especiarias, manuseando essências de perfumes doces, pétalas de festejar o pupilo,
Induzindo-o a render-se, o fazendo perder a condução de sua própria vida
Charles Burck
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