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terça-feira, 4 de julho de 2017

O coração suturado, guardado numa caixa de ametistas,
Os estilhaços dos olhos vazados nos espinhos das jóias, o brilho que se perde, o que não se vê,
Fecho os olhos para não saber
O nome pintado a sangue na parede da casa ao lado, dos pulos cortados
Tinha dois mil perdidos nos labirintos dos céus de laranja e carmim, o azul como um veio minguado corria em direção ao pântano, 
A flor da tragédia com argumentos tenta limpar as águas mofadas do absinto,
Sei e não minto, há uma estranha configuração planetária,
O serpentário em conjunção com sagitário, boa coisa não é,
Distribui amor e dor, sexo e perversão, entregas e coração ferido
Se você olhar o amor nos olhos pode afundar-se onde não tem volta
Os meus padecem de remorsos e magias, de amores mergulhados nas interseções
das paisagens não guardadas,
das dobras mal contornadas do solo ofegante, dos dias mal dormidos,
No gume afiado da lâmina forjando falsas memórias,
Os perdões estão arquivados aos que preencherem formulários sem assinaturas,
Nossos destinos foram rasurados, mas eu consigo vê-la
Os astros me rodeiam, sei que a astrologia não é uma ciência exata,
Mas ela sabe tudo de mim, os nossos nomes estão registrados
No diário infinito das estrelas
Charles Burck
Andrew Hem 

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