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quarta-feira, 9 de agosto de 2017


Vivemos e somos uma sucessão de erros, quem sabe, a nossa perfeição se dará ao findarem os erros, não pela exclusão deles, mas pela cessação dos mesmos em nós, pela experimentação, pela vivenciação da lista inteira.
Se sentir inteligente não dá a ninguém a consecução da realidade, qualquer ser pode se dizer inteligente, até o jumento juramentado, o boi babado pela baba do Rui não se exclui do rol dos passiveis de serem somente por se dizerem.
A galinha cacareja os seus ovos para valorizá-los, a ameba prosaica emancipou-se ao que se achou a tal, nas suas certezas, daquelas suaves certezas adornadas desejou fazer um discurso em Haia.
O ponto fraco da vaidade é a não percepção dela em si, tentei mostrar isso a um vaidoso nato, um de caráter fraco e pernicioso assujeitado de sua arrogância. Dizia-se o mais inteligente, que a sua mente era uma usina termonuclear de sapiência, mas os aparatos do nominado se acerbaram ao alongamento do sacro, a disfunção do rabo depois de séculos de queda, objetou a lei da herança genética e se alongou, o ganho como a extensão de sua presunção.
A vida é uma porta aberta ao que se mostra, os cuidados aprendidos nos salvam da morte ou da perda de apêndices pênsil, dito isso fechou-se a porta e a calda não se deu conta de que sendo rabo não vinha na frente, e decepada virou chacota. Da vaidade não perdeu nada, mas o vaidoso sentiu-se apenado, magoado pela perda do rabo, ganhou o apelido de desbundado. Assim se contam os fatos, embora o embotado siga arrotando excrescências transvestidas de erudição, mas ao que se perde o rabo, deixa-se de ser primata, mas a incógnita cientifica segue. A palavra que tenta descrever a essência de Deus, mais o afasta de nós ao que dizemos.
Assim fica a razão sem razão.   Eu me dei conta da dimensão dos disparates que nossas bocas nos propiciam, assim percebi que o melhor é nos calarmos.



Charles Burck 

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