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segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Como uma pequena chama subsiste
Aos sopros do vento, nestas noites tão escuras,
Dentro dos olhos desatentos à vida
Caminho num pais sem fronteiras, raras sintonias
Canções que sussurram vozes que eu desconheço, 
Uma terra agreste, de unhas e garras agudas, a surgirem do chão
Estradas de pedras afiadas desenhando a nomenclatura dos dias.
Uma pequena ponte atravessando dois lugares de fuga,
Escrevo para dar forma à vida, saber que vivo,
Escrever como quem descreve o término de um grande amor,
Quando tudo parece irreal, fluídico, intocável,
Um luto de enegrecer o coração, vidrar o sangue, nos retirar a realidade,
Em um tempo de coletar referências, parâmetros, algo a que se apegar,
Um chão firme para os pés, um horizonte ao olhos e uma qualquer vida a ser vivida
Charles Burck
cheval

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