De onde estou agora consagrado o poema,
O templo de onde reluz o sagrado lugar
A escrita é minha, mas não assino porque o coração não precisa reconhecer firma
A escrita é minha, mas não assino porque o coração não precisa reconhecer firma
Aceito a verdade fitando os meus olhos,
A fome das palavras que incita o poeta,
O lastro erigido o céu adentra, contrastes de amor no
firmamento
Escrevendo e apago, os riscos de cair em mãos erradas me
intimida,
A caligrafia é textura fingindo pureza, mas é tecido de
armadilha,
A boca que come a fome - Arrisco menos nas proximidades do
beijo
O meu ser que habita as memórias de cada viagem, as
distancias de juntar as partes perdidas,
O mergulho nos profundos ritos do rosto, a paixão que saliva
Prestes a saltar no pescoço, num último esforço da razão de
se transformar em amor
Penso agora no penúltimo ato da história, um tempo antes do
acontecer,
A alma provisória parada na porta a fenda exposta, o cheiro a
unir as duas pontas do fio
A sintonia nem sempre exata manipulando o papel do poema,
A sintonia nem sempre exata manipulando o papel do poema,
Folha simples de massa barata, amassada e enodoada
O avesso a forjar o verdadeiro, o derradeiro impulso de amor
a inventar primaveras,
Nas linhas tortas dos caminhos da cama
Charles Burck
Nenhum comentário:
Postar um comentário