Há um retalho de luz no espaço, um rabisco flamejando a
estrada,
A luz feito janela tácita, um caminho muito usado feito
um corpo cansando
Aranhões e feridas abertas no seio do alameda,
Corte vedados e
cortes abertos, queimaduras na pele e fogos na alma,
O que sara, sara, mas nem sempre cura, cortes rasos,
feridas profundas, alguma coisa breve, outras de urgências alongadas
As que vieram sem causas e logo se foram, e as que
buscam argumentos para não partirem
Ter um corpo chama a atenção, a responsabilidade de
gostar muito dele,
Mas faz tempos que o amor sangrou, a hemorragia que não
estanca, aquele fio vermelho marcando caminho, deixando um rastro por onde eu
vou
Charles Burck
pramod-mohanty
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