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quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Há um retalho de luz no espaço, um rabisco flamejando a estrada,
A luz feito janela tácita, um caminho muito usado feito um corpo cansando
Aranhões e feridas abertas no seio do alameda,
 Corte vedados e cortes abertos, queimaduras na pele e fogos na alma,
O que sara, sara, mas nem sempre cura, cortes rasos, feridas profundas, alguma coisa breve, outras de urgências alongadas
As que vieram sem causas e logo se foram, e as que buscam argumentos para não partirem
Ter um corpo chama a atenção, a responsabilidade de gostar muito dele,
Mas faz tempos que o amor sangrou, a hemorragia que não estanca, aquele fio vermelho marcando caminho, deixando um rastro por onde eu vou


Charles Burck

pramod-mohanty


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