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sábado, 3 de junho de 2017

A noite de longas pernas se estica no colo da imaginação, 
Eu quero que os arrepios me calem o pudor, 
Exponha-me os órgãos, me alimente de oxigênio e me carregue de mim 
A vida precisa de vida, as cores coloridas, o azulado do amor
E a alma mais que sentida desenha os traços do rosto amado, 
E as mãos tão comovidas procuram as tuas 
 As peles se sabem únicas, e se juntam à distância que for,
As timidezes das esperas giram no redemoinho da estação, 
Onde o aguardo é um pedaço de saudade fantasiado de sonho 
Onde é preciso rasgar a alma, deter a dor, e mergulhar no oceano de fazer amor

Charles Burck

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