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quarta-feira, 7 de junho de 2017

Falácias


A metáfora das palavras voa, aprumam asas sob os meus cílios,
O meu coração fala, aterrissa sem medo sobre o teu peito,
O coração da palavra argumenta, pousa sobre o meu ombro me diz que veio dos desertos do oriente, 
 E lembrei-me que cada escola é o dia, os fatos, corriqueiros ou não,
Desculpei-me por não saber traduzir tudo, ele olhou em meus olhos e eu soube então os recados que ele me trazia,
A língua materna é única, outras palavras foram plantadas pelo mundo
Frutas de adoçar bocas, ou venenos de matar ideias, línguas tortas, línguas mortas, línguas de serpentes
Minha lingua nasceu de um coração plantado sob um céu de signo ascendente,
O poema é por si revolucionário, o idioma que eu criei com asas e me despedi dos chãos dos pérfidos, apartidário
Sodoma e Gomorra queimaram e muitos lamberam do sal dos sem vidas, mas não aprenderam nada entre si
Ainda mata pelas ideias e matam os que diferem, a causa está na cabeça que a amolda,
Quando deveria ser colhida como fruta madura e ter seu sumo provado,
O seu cerne bebido feito água fresca das fontes límpidas, para que matasse a sede, as estupidezes, as cegueiras e a fraqueza, dos pérfidos e dos hipócritas
Dos que definem que deles se afastam, e intitulam como se o pensar fosse único, como se fossem eles os donos das certezas
As suas falácias cegam e ensurdecem, gritam quando deveria falar, e esbofeteiam quando deveriam dialogar, sangram quando deveria dar as mãos
O precipício vem depois dos que os olhos veem, da certeza que a essência é o que a alma suspira
Charles Burck



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