Aperto
o nó do cadarço
Aperto
o laço da gravata estampada,
Todas
as manhãs eu sou batido no mix
Leite,
fermento, aveia, pensamentos,
Não há
causa a combater a não a ser a de viver,
Sobreviver
no ritmo acelerado do punk
Essa
tarde eu fui moído, almoço, papeis, chefes e vidros,
Picado
em cortadeiras, e espremido no metrô
A pele
esticada no bumbo do corpo sonoro.
A minha vara não geme, mas planta sementes no colo da amada,
A minha vara não geme, mas planta sementes no colo da amada,
É verde
e amarela, mas não combina com nada,
O sushi
geme, o salmão treme à lâmina afiada,
Nesta
noite eu te seguro as mãos, temo perde-la a cada manhã,
Tudo se
perde, até os gestos mais seguros não passam de ilusões
O
marceneiro chegou cedo, a madeira chora, a minha cabeça molhada aguentará algum
tempo de calor,
O calcanhar desliza nas pedras portuguesas,
O calcanhar desliza nas pedras portuguesas,
Um
passo de fado, uma lembrança de que algum dia voltarei a falar uma língua
estranha,
Mas as
bocas nos poupam dos travos, o adocicado ferrão das abelhas
Os
percalços são muitos, mas tenho muitos beijos guardados
Alguns
com prazos de validade vencidos
Charles
Burck
kent-williams
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