A pedra grifa na carne um arco
de um deus subentendido
E costuro aflito os vãos para
que não me fuja o sangue bento
Os conflitos dos homens com os
homens matam o Deus ressurgido
Os galhos pelados e áspero do
outono estremecem os pensamentos
Iniciada a colheita do trigo e
do feno, os campos de centeio ondulam
Sem pressentirem tempo difíceis
Na terra crescida entornam as uvas
A massa já está pronta.
O mundano acena-me
O mundano acena-me
Sinais órfãos de linguagem e obsceno
oferece o vinho em taças de cristais
Os dedos molhado e enrugado
Colhem nos seios uma colheita
atrasada
Das lacunas abertas o
diagnostico protetor
No purgatório admito o meu erro
E o Deus diz-me que regresse e se
esgote, só depois então, volte
Charles Burck
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