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sexta-feira, 30 de junho de 2017
Em um momento sem paz escrevi o que eu não
queria dizer
Nas mãos, ainda dobrado o poema,
Em cada instante o tempo me ensina a
crescer,
Donde aceno ao virar a esquina
Onde se desfolhavam despedidas
Já escrevi vento fresco, amor maduro sem cascas,
Já escrevi vento fresco, amor maduro sem cascas,
Já escrevi na areia coisas que não ficaram,
Coisas que sangram, coisas sensuais, pecaminosas
ou castas
Em tinta fresca dores que secaram,
No gesso sentimentos que quebraram,
Mas há coisas hesitadas, palavras guardadas que
da pena não saem
Coisas nossas já brotadas, e que eu ainda não
sei como dizer
Vestígios teus colho ainda a cada lapso de
tempo,
Sôfrego, bebo os não argumentos que pousam no
batente da janela
Grãos de areia que vagueiam nas línguas de
vento,
Saudades sonoras pedindo abrigo,
Saudades sonoras pedindo abrigo,
Canções que não ouço, ouvidos cobertos com o
travesseiro
Testemunhos de dores que não escrevo
Charles Burck
Mas amanhã é sábado, e o mundo é meio louco
E vem trazendo de volta os risos dos velhos e doidos pardais que trabalharam durante a semana toda,
Os guizos da chuva que pingam das frestas fazem festa porque hoje é sábado
Como se revestem os lábios que não beijamos mais quando cessam as chuvas?
E quando tudo parece não fazer mais sentidos,
As chuvas vertem dos lábios?
Mas os beijos ardiam, e o colesterol era alto,
Um defeito do DNA machucado,
E a chuva revoava os pardais, que pareciam folhas secas na poça d’água
Se eu ainda fosse criança diria que há um céu de dentro, e a noite de fora não é mais uma criança, nem nós somos,
Há os apelos noturnos tocando o idioma de agora na madrugada.
E os convites por acaso não são bons para o que não dormem?
Se é sábado nasce a primavera cheirando inocência
Mas a aurora perdida, logo avisa, ferida da dor na pelve,
"Fecha as pernas, o domingo logo vem"
E vem trazendo de volta os risos dos velhos e doidos pardais que trabalharam durante a semana toda,
Os guizos da chuva que pingam das frestas fazem festa porque hoje é sábado
Como se revestem os lábios que não beijamos mais quando cessam as chuvas?
E quando tudo parece não fazer mais sentidos,
As chuvas vertem dos lábios?
Mas os beijos ardiam, e o colesterol era alto,
Um defeito do DNA machucado,
E a chuva revoava os pardais, que pareciam folhas secas na poça d’água
Se eu ainda fosse criança diria que há um céu de dentro, e a noite de fora não é mais uma criança, nem nós somos,
Há os apelos noturnos tocando o idioma de agora na madrugada.
E os convites por acaso não são bons para o que não dormem?
Se é sábado nasce a primavera cheirando inocência
Mas a aurora perdida, logo avisa, ferida da dor na pelve,
"Fecha as pernas, o domingo logo vem"
Charles Burck
quinta-feira, 29 de junho de 2017
A minha indócil meninice lateja no corpo inteiro, mais no coração
Entre travessuras, a dialética se espanta das prosas
A alma pulsa, porque não quer lógica
E chama-te à seriedade da brincadeira,
Onde o amor incide a menina se dá
Onde a flor volteia em giros nos seios,
Verso-te para te possuir mais,
Para adensar-te em mim, e materializar-te enfim
Onde a história se conta
Assim sorvendo cada resumo da gota,
À cama posta que sirva de mesa, onde se beba e se coma
Entre travessuras, a dialética se espanta das prosas
A alma pulsa, porque não quer lógica
E chama-te à seriedade da brincadeira,
Onde o amor incide a menina se dá
Onde a flor volteia em giros nos seios,
Verso-te para te possuir mais,
Para adensar-te em mim, e materializar-te enfim
Onde a história se conta
Assim sorvendo cada resumo da gota,
À cama posta que sirva de mesa, onde se beba e se coma
Charles Burck
Imagem Christian Solher
Nessa confusão de pensamentos e sentidos, os sentimentos cabem
Faz todo o sentido
Não penso na tua cama como forma de possuí-la, há mais em que plantas estrelas e colhe rosas,
A realidade poderia macular os nossos sonhos, mas poderá acrescentar o que a vida chama de viver
Assim na expectativa que, talvez, se concretize, sonho
Os beijos, os olhares que desnudam a alma, a calma que temos de nos abraçar como se tudo parasse e jamais os relógios fizessem o tempo andar novamente
Mas minto, penso sim nos teus braços como a minha cama
Penso no teu corpo como forma de saber as graças da vida,
Derramo pétalas então sobre os teus caminhos, e bulo com os astros para que acordem, para que enfeitarem o nosso ninho
Todos os prazeres nos cabem, aos olhos, aos braços, às bocas,
Todas as formas de amar são nossas
Faz todo o sentido
Não penso na tua cama como forma de possuí-la, há mais em que plantas estrelas e colhe rosas,
A realidade poderia macular os nossos sonhos, mas poderá acrescentar o que a vida chama de viver
Assim na expectativa que, talvez, se concretize, sonho
Os beijos, os olhares que desnudam a alma, a calma que temos de nos abraçar como se tudo parasse e jamais os relógios fizessem o tempo andar novamente
Mas minto, penso sim nos teus braços como a minha cama
Penso no teu corpo como forma de saber as graças da vida,
Derramo pétalas então sobre os teus caminhos, e bulo com os astros para que acordem, para que enfeitarem o nosso ninho
Todos os prazeres nos cabem, aos olhos, aos braços, às bocas,
Todas as formas de amar são nossas
Charles Burck
terça-feira, 27 de junho de 2017
A Espera
Vem, por que a vida não espera um suspirar
de amor,
Vem antes que eu morra sem saber de ti,
Antes que o sangue esqueça as minhas veias,
Antes que o coração canse de bater,
Vem que os corpos e as rosas desfolham, antes
que fenecem, espalhem os perfumes às esquinas e nos deixem
As minhas tempestades cessaram
inesperadamente
Deixei a ilha, abandonei o barco no mar sem
ondas, eu quis partir,
Mas me dei conta que ainda havia algo a
dizermos,
Fiz as malas e as deixei a um canto, fiz
planos, mas parei o mundo
Não quero te esquecer, vem ver-me enquanto
resisto à dor,
À luz sublimada, a agonia do rosto ao
espanto do teu brilho luzidio,
Ainda vivo de que me recordes, do que
podíamos ter sido,
As tuas costas com o meu nome não tatuado,
Dos desenhos que não fizemos na areia,
Da tua boca cravando os dentes na minha
pele.
A vida a pulsar em cada palavra, a tensão
nos músculos
O arrepio correndo pelos meus pelos,
Depois acordei e não estavas lá.
Vem ver-me antes que eu morra e o sol parta
depressa —
Os livros fechados não cantam as histórias
que imaginamos,
A minha existência chora tua ausência – Que
pena,
A morte alimenta-se dos sonhos dos que morrem,
Aqui, apesar das dores, há vida,
E tu se vieres.
Os vermes morrerão de fome,
Os amores de todos os mortos ressuscitarão,
Então vens
Eu te espero
Charles Burck
Claude Théberge
Eu com o peito dolorido de tantos suspiros aspiro os teus regressos,
A cada verso o peito acelera o calor, a palavra que saliva às pétalas postas
Ao alcance de minha boca materializam-se feito frescos poemas colhidos agora,
O gemer e a brisa a deflorar as janelas que penetro,
Abra-as todas para que cada pensamento seja um ato posto onde adentro os teus aposentos,
Ao acolhimento de todo os solfejos, a flor deseja ser preenchida de versos e prosas,
E a cavalgar nos versos possas sentir-me a te possuir,
Como viagens para dentro, onde a alma planta estrelas e a colhe rosas
A cada verso o peito acelera o calor, a palavra que saliva às pétalas postas
Ao alcance de minha boca materializam-se feito frescos poemas colhidos agora,
O gemer e a brisa a deflorar as janelas que penetro,
Abra-as todas para que cada pensamento seja um ato posto onde adentro os teus aposentos,
Ao acolhimento de todo os solfejos, a flor deseja ser preenchida de versos e prosas,
E a cavalgar nos versos possas sentir-me a te possuir,
Como viagens para dentro, onde a alma planta estrelas e a colhe rosas
Olho no espaço, onde não há horizontes, as mãos espalmadas num gesto de pedido
e o embaço no espelho são as minhas rugas, não me vejo pleno sem você
a minha história submissa a cada gesto de fronteira.
Como vencer a fome, se os meus desejos se sobrepõem à minha vontade,
Alargam o tempo e extrapolam a madrugada, vivem nos meus sonhos
De onde divido o teu travesseiro e a tua cama, sem nunca nela ter me deitado
e o embaço no espelho são as minhas rugas, não me vejo pleno sem você
a minha história submissa a cada gesto de fronteira.
Como vencer a fome, se os meus desejos se sobrepõem à minha vontade,
Alargam o tempo e extrapolam a madrugada, vivem nos meus sonhos
De onde divido o teu travesseiro e a tua cama, sem nunca nela ter me deitado
Intemperies
Todas as noites num só lapso da boca aberta, ao suspiro, ao espanto à solidão diluindo tudo
Ao contágio da mágica fermentada na mistura de vagas madrugadas e imprecisas auroras,
O olhar ferino do bicho solto prepara o salto, a presa solta o grito ao céu exposto
Firo-me todos os dias de olhares e gestos, criticas e censuras e dispo-me para me parecer mais eu,
As chuvas lavam feridas e gotejam sangue nas marquises à volta,
Nas lâminas dos telhados o dissimulado luar minguante cerceia a plena luz branca
E o calor lacerava, vicio da fome persiste e eu não tenho teto
Escrevo a cada afeição emanada no embate com a palavra suavizada pelas tuas lembranças,
Queria furtar o teu sorriso e pendurar na moldura, o instante a estancar as intempéries
Mas comovo-me comigo mesmo, de mim mesmo, de chorar pó, substâncias de lágrimas vazadas às pressas, quando deveria gritar toda raiva que nasce do meu pânico de jamais voltar a vê-la
Eu tenho todas as urgências, de mim, de ti e os céus azulando meus álibis de fugas,
Minhas inconstâncias de não saber onde a minha alma descansa, de não saber onde o meu corpo apodrece,
De não saber uma palavra sequer que te peça para voltar
segunda-feira, 26 de junho de 2017
Os dias de inverno pedem mais aconchegos, as rendas são substituídas pelo calor da pele e da alma,
Tenho-te sonhados em minhas noites frias numa dor de congelar a pele e petrificar a alma,
Busco o equilíbrio entre a densidade das brumas,
Há tantos jeitos de bater saudades, mas apenas um de conversar com elas,
Relembrando as histórias vividas,
Mas ela conta-me mais coisas do que eu poderia saber,
Tem o dom de antever ou retroagir no tempo,
Hoje bebi do orvalho que ela me trouxe, acarinhei o cheiro das tuas pernas longas desnudas,
Os aromas da tua calma confundidos com a relva molhada,
Tudo fala de cada tempo de estar no chão coalhado de estrelas,
A cronologia das coisas guardadas adocicada pelo carinho de tudo que mora ainda em mim,
A cumplicidade virou um verbo, o senso da palavra mal se importando com a gramática,
Os fatos não têm regras comuns, não são como as palavras alinhavadas à boca,
Não sabem dos afagos da alma, não podem mudar a direção do meu sentir,
Do amor que nutre o que há em nós, assim também, como não, a distância
Velada Senhora tentando me fazer confundir a simplicidade do meu amar
Tenho-te sonhados em minhas noites frias numa dor de congelar a pele e petrificar a alma,
Busco o equilíbrio entre a densidade das brumas,
Há tantos jeitos de bater saudades, mas apenas um de conversar com elas,
Relembrando as histórias vividas,
Mas ela conta-me mais coisas do que eu poderia saber,
Tem o dom de antever ou retroagir no tempo,
Hoje bebi do orvalho que ela me trouxe, acarinhei o cheiro das tuas pernas longas desnudas,
Os aromas da tua calma confundidos com a relva molhada,
Tudo fala de cada tempo de estar no chão coalhado de estrelas,
A cronologia das coisas guardadas adocicada pelo carinho de tudo que mora ainda em mim,
A cumplicidade virou um verbo, o senso da palavra mal se importando com a gramática,
Os fatos não têm regras comuns, não são como as palavras alinhavadas à boca,
Não sabem dos afagos da alma, não podem mudar a direção do meu sentir,
Do amor que nutre o que há em nós, assim também, como não, a distância
Velada Senhora tentando me fazer confundir a simplicidade do meu amar
Estou cansado
Em minha órbita habita a vontade de adiar a vida,
Dá um espaço entre a realidade e o pensamento
Uma medida drástica, para não fazer você medida de mim
Vejo as crianças desgastando as alegrias,
O sapateiro em seu oficio de recuperar os pés gastos,
Os elementares plantando sementes em meu jardim,
Muitas coisas sublimes
Busco a compreensão do mundo,
Alivio ao espírito torturado,
Existo como sou, mas parece que tudo está em desencontro dentro de mim
Não me basta saber se alguém no mundo está ciente,
Mas que amplidão do tempo se alargue e chegue a você,
E me tome
Vou conversar como você
Você não tem culpa do que me assoma
Sou poeta sem inspiração, sem rumo e sem tempo
Preciso de seu conforto,
Um verso esporádico,
Um abraço,
Um esquecimento
Uma alma para por nos poemas
Em minha órbita habita a vontade de adiar a vida,
Dá um espaço entre a realidade e o pensamento
Uma medida drástica, para não fazer você medida de mim
Vejo as crianças desgastando as alegrias,
O sapateiro em seu oficio de recuperar os pés gastos,
Os elementares plantando sementes em meu jardim,
Muitas coisas sublimes
Busco a compreensão do mundo,
Alivio ao espírito torturado,
Existo como sou, mas parece que tudo está em desencontro dentro de mim
Não me basta saber se alguém no mundo está ciente,
Mas que amplidão do tempo se alargue e chegue a você,
E me tome
Vou conversar como você
Você não tem culpa do que me assoma
Sou poeta sem inspiração, sem rumo e sem tempo
Preciso de seu conforto,
Um verso esporádico,
Um abraço,
Um esquecimento
Uma alma para por nos poemas
domingo, 25 de junho de 2017
No quintal da casa antiga, havia um pé
de canela que sempre dava topada no pé da cama,
Na casa do pai tudo era possível, as
unhas dos pés de galinha pintadas de esmalte rosa, as vacas de batom vermelho
O chá de capim limão enternecendo a
vida, o cheiro do milho verde abraçado com o coco na forma do bolo
As fotografias antigas que vinham à
mesa experimentar o café coado, o pó usado jogado nas raízes das laranjeiras
O trico da minha avó tricotando a
noite, o inverno sentado aguardando os casacos
Tudo respirava equilíbrio, mesmo na dor
As histórias não precisavam serem contadas, transitavam entre nós,
A saudade não batia na gente era amiga
de ficar
A dispensável cronologia das coisas não nos perturbava o tempo, os fatos ou as épocas
A dispensável cronologia das coisas não nos perturbava o tempo, os fatos ou as épocas
Tudo se falava na sala de estar,
A cadeira de balanço ainda me embala,
no ruído dos afagos, as simplicidades riscando o soalho
O sol se fazia de janela, abria-se ao
amor que atravessava por nós
O amor tem várias formas, fala por
poemas, escreve por lembranças, fala de improviso, mas é a absoluta redundância
do afeto que habita a casa antiga é que nos fala mais perto
Charles Burck
sábado, 24 de junho de 2017
Não parecia real a estrada,
No ponto de encontro não havia nada, ninguém
As explicações de improvisos numa placa de transito remendada
O que eu posso fazer com as realidades inventadas?
Mataram os anjos e postaram na praça de cabeça para baixo,
Feriram de morte os poemas, feridas expostas os versos estuprados
O que vejo da janela do caos vejo nas ruas
Ao menos a esperança tem ritmo, escondida atrás dos muros pichados,
Fugindo dos tiros, acena, escapada por um triz
Há, entretanto uma singeleza , como criança desenhando a giz, que não cresce
Porque o tempo não passa por aqui, fica parado cansado de ser o que nunca quis ser
No ponto de encontro não havia nada, ninguém
As explicações de improvisos numa placa de transito remendada
O que eu posso fazer com as realidades inventadas?
Mataram os anjos e postaram na praça de cabeça para baixo,
Feriram de morte os poemas, feridas expostas os versos estuprados
O que vejo da janela do caos vejo nas ruas
Ao menos a esperança tem ritmo, escondida atrás dos muros pichados,
Fugindo dos tiros, acena, escapada por um triz
Há, entretanto uma singeleza , como criança desenhando a giz, que não cresce
Porque o tempo não passa por aqui, fica parado cansado de ser o que nunca quis ser
Charles Burck
Eu senti o paraíso como a presença da beleza dentro de nós,
O peito que canta a elegia ao amor, ao divino toque dos que se amam,
Deus sabe dos sentidos juntados, dos sentimentos, das cartilagens, das pálpebras, das profundas da alma mostradas dentro de um olhar,
Das emoções que vazam no sabor das cores, do fio de prata que ligam duas almas, da cor dos beijos não dados,
Dos prazeres que guardados vivem manifestados na eternidade chorando máculas, permeado o sentido dos amantes como o anjo não complementado
Não há traições nas afeições verdadeiras,
Como hás de deter o voo se as asas te chamam aprisionado pelas correntes das regras dos homens?
E o peito que trina a verdadeira voz do ensinamento do rouxinol que gosta tanto de cantar que doa-se a vida sem as lástimas das impossibilidade da garganta falhar
O paraíso compostos de substância etérea provinda de nós,
Do penetrar do órgão fluídico a abrir os portais onde os espíritos gozam permanente
Em cada órgão a vida concederá o ensinar do caminho aos céus
Sem qualquer julgamento se de amor for o ato totalmente pleno,
Quaisquer alusões ao pecado se desfazem ante ao ato de amor,
Ma sua líquida substância, de ar sutil e puro;
Vertido num rio caudaloso
De sangue espiritual, néctares fluido, só concedidos aos que descobre o caminho dos seus paraísos próprios, emoldurados pelas energias da divindade,
São eles feitos de rimas dos sentimentos que os habitam,
Embalançam flutuando os campos do éter, da melodia da noite embebendo os corpos
Só amarás o teu amante se a ele se fizeres paraíso
O peito que canta a elegia ao amor, ao divino toque dos que se amam,
Deus sabe dos sentidos juntados, dos sentimentos, das cartilagens, das pálpebras, das profundas da alma mostradas dentro de um olhar,
Das emoções que vazam no sabor das cores, do fio de prata que ligam duas almas, da cor dos beijos não dados,
Dos prazeres que guardados vivem manifestados na eternidade chorando máculas, permeado o sentido dos amantes como o anjo não complementado
Não há traições nas afeições verdadeiras,
Como hás de deter o voo se as asas te chamam aprisionado pelas correntes das regras dos homens?
E o peito que trina a verdadeira voz do ensinamento do rouxinol que gosta tanto de cantar que doa-se a vida sem as lástimas das impossibilidade da garganta falhar
O paraíso compostos de substância etérea provinda de nós,
Do penetrar do órgão fluídico a abrir os portais onde os espíritos gozam permanente
Em cada órgão a vida concederá o ensinar do caminho aos céus
Sem qualquer julgamento se de amor for o ato totalmente pleno,
Quaisquer alusões ao pecado se desfazem ante ao ato de amor,
Ma sua líquida substância, de ar sutil e puro;
Vertido num rio caudaloso
De sangue espiritual, néctares fluido, só concedidos aos que descobre o caminho dos seus paraísos próprios, emoldurados pelas energias da divindade,
São eles feitos de rimas dos sentimentos que os habitam,
Embalançam flutuando os campos do éter, da melodia da noite embebendo os corpos
Só amarás o teu amante se a ele se fizeres paraíso
Ela tinha uma vida feliz, que corria como as nuvens no céu,
Que sorvia como uma confortante garrafa de cerveja,
Às vezes, a felicidade se vestem de preto, como os corvos que se postam sobre as nossas sua cabeça,
Chegam circulam, deixam as más noticias e vão embora,
Ela foi embora, partiu como um pássaro que quase sempre vinha os meus galhos e cantava prosas,
Confesso-me um otimista, alargo as lupas da vista para ver melhor as minúsculas alegrias,
Que a vida espalha escondidas feito presentes de páscoa,
Guardo nos olhos as saudosas alegrias com gosto de chocolates
Caso contrário escureceria o sol, travaria as manhãs
Andaria semeando amarguras
Às vezes, pareço um pássaro estranho,
Urgente, sem saber cantar poemas canoros,
Beliscos grandes melancias e não consigo entender tudo sobre a vida,
Na companhia dos deuses rio e danço, mas entendo as músicas que cantam
E fico aturdido sem saber por que a minha amiga partiu numa dessas nuvens brancas que passou.
Que sorvia como uma confortante garrafa de cerveja,
Às vezes, a felicidade se vestem de preto, como os corvos que se postam sobre as nossas sua cabeça,
Chegam circulam, deixam as más noticias e vão embora,
Ela foi embora, partiu como um pássaro que quase sempre vinha os meus galhos e cantava prosas,
Confesso-me um otimista, alargo as lupas da vista para ver melhor as minúsculas alegrias,
Que a vida espalha escondidas feito presentes de páscoa,
Guardo nos olhos as saudosas alegrias com gosto de chocolates
Caso contrário escureceria o sol, travaria as manhãs
Andaria semeando amarguras
Às vezes, pareço um pássaro estranho,
Urgente, sem saber cantar poemas canoros,
Beliscos grandes melancias e não consigo entender tudo sobre a vida,
Na companhia dos deuses rio e danço, mas entendo as músicas que cantam
E fico aturdido sem saber por que a minha amiga partiu numa dessas nuvens brancas que passou.
Temos uma estranha ligação com a vida,
Um tipo de magia que contem cada ato acontecido
Mel de frutas silvestres, aromas da manhã.
O quarto, a cama e nós dois, antes e depois,
Andamos de mãos dadas despido de tudo, caminhando na bainha do mar,
O nosso cais é onde nos acolhemos, recolhemos qualquer ameaça no ar
Repintamos o céu e limpamos os pinceis na roupa,
Saímos a descobrir o som do mar arrebentando as amarras
Depois de tantas vidas essa zanga desnecessária,
De fingir estar sofrendo dissociado de nós,
Ele traz ondas mansas
Em nós todas as manhãs parecem domingos,
A noite chegou e a luz sumiu, o céus fez a sua parte
Acendo uma vela e eu a carrego nua,
Apago com um sopro o nosso dia,
Fazemos amor e tudo para à nossa espera até o dia seguinte
Um tipo de magia que contem cada ato acontecido
Mel de frutas silvestres, aromas da manhã.
O quarto, a cama e nós dois, antes e depois,
Andamos de mãos dadas despido de tudo, caminhando na bainha do mar,
O nosso cais é onde nos acolhemos, recolhemos qualquer ameaça no ar
Repintamos o céu e limpamos os pinceis na roupa,
Saímos a descobrir o som do mar arrebentando as amarras
Depois de tantas vidas essa zanga desnecessária,
De fingir estar sofrendo dissociado de nós,
Ele traz ondas mansas
Em nós todas as manhãs parecem domingos,
A noite chegou e a luz sumiu, o céus fez a sua parte
Acendo uma vela e eu a carrego nua,
Apago com um sopro o nosso dia,
Fazemos amor e tudo para à nossa espera até o dia seguinte
Há na alma um canto terno e pensativo
Onde nos sentamos a sós,
Viajamos mundos distantes, outros sentidos, outras formas,
A história precisa do melhor de nós,
É como uma janela aberta para dentro, mas o que vemos é tão amplo que parece outra vida, é liberdade
Onde tudo é mais intenso e verdadeiro,
Outro Universo a espiar para nós,
Não há limites, nem fronteiras, andamos despidos, mas não podemos ficar muito tempo,
Não há espírito capaz de esquecer, de ser mais livre, de conceber tanta liberdade em si,
De volta a casa,
-Voltem breve: Ficam os seus mensageiros nos avisando
O invisível sobrevoa a Terra... É sensação ainda impregnada em nós, é a magia sussurrando aos nossos ouvidos com sua divina voz
É o pleno precisando de nós
Onde nos sentamos a sós,
Viajamos mundos distantes, outros sentidos, outras formas,
A história precisa do melhor de nós,
É como uma janela aberta para dentro, mas o que vemos é tão amplo que parece outra vida, é liberdade
Onde tudo é mais intenso e verdadeiro,
Outro Universo a espiar para nós,
Não há limites, nem fronteiras, andamos despidos, mas não podemos ficar muito tempo,
Não há espírito capaz de esquecer, de ser mais livre, de conceber tanta liberdade em si,
De volta a casa,
-Voltem breve: Ficam os seus mensageiros nos avisando
O invisível sobrevoa a Terra... É sensação ainda impregnada em nós, é a magia sussurrando aos nossos ouvidos com sua divina voz
É o pleno precisando de nós
terça-feira, 20 de junho de 2017
Apesar de ferido ainda me ombreio com
a dor,
Deixaria neste livro, escrita toda a
minha alma.
Passagens, paisagens, horas vivas,
Os livros me enchem a vida de
ocupação,
E absorvem qualquer dor em mim
contida
Sopram como os ventos, para longe as
tristezas,
Enchem-me as mãos de flores e
estrelas
e lentamente passam-se as horas!
Que amargura tão funda há de mirar as
páginas?
O que dirá o coração ocupado da
leitura?
Das penas que passam e das dores que
alçam voos
Como a ave que se lança ao espaço
Ver passar os espectros de vidas
antes aos olhos que os miram
Ver despida a amada, em asas que sintetizam
o que somos
Síntese do mundo os braços que laçam
nossos corpos em sonhos
Livro de poemas, de passados mortos
De outonos vindos, em versos e folhas
que caem
A primavera e verão em luz e flores
que nascem no peito
Estranhas distâncias do frio do inverno
O poeta não explica sua grandeza em
palavras
O Deus compreende tudo o que é
incompreensível,
ao mundo
Aos que odeiam e não sabem do valor
do amor
Nem da chama que arde agora em nós
dois
Das coisas impossíveis que superamos
Das noites escuras que fizemos brotar
nos céus, estrelas
Dos versos, em rosas lavando o sangue
Dos que matam os poetas e os
violentam os puros
Das tardes que choram cingindo os
fantasmas de quem
Violou a menina, a flor e o poema
Isso é vida, expurgando a ânsia,
esperando o que leva nossa casa ao
fluxo do universo
Aos astros que passam pelo silêncio
do mundo
escrevendo no céu em estrofes
douradas
Os sentidos de minha alma
A do poeta que sangra
Charles Burck
Você
esteve sempre por aqui
Pousada em alguma janela, em alguma moldura, em algum pensamento
Em alguma esperança
Nos rigorosos ventos que ainda me atiça a vida
Pousada em alguma janela, em alguma moldura, em algum pensamento
Em alguma esperança
Nos rigorosos ventos que ainda me atiça a vida
Uma
luz que faz visita ao escuro
Como fonte do amor que atrai brilhando
O bico do beija-flor
Como fonte do amor que atrai brilhando
O bico do beija-flor
Você tem sido minha inspiração
Através dos fatos, pela verdade que eu a amo
Por não haver causa maior em minha vida
A força que escreve nas páginas em branco,
Tomada à minha voz no receio de dizer
Vedado os meus olhos à sombras de distância,
Ainda te vejo, na limpada alvura das manhãs,
Encontrando o melhor de mim
Para lhe dar
Charles Burck
Essa sua carne doce,
Fêmea que exala perfume divino,
Formas ardentes e irrecusável poder
de atração,
Eu ser indefeso, sinto penitente,
servil,
Prisioneiro do teu poder de me
dominar
A graças movimenta-se em perfeito
equilíbrio,
Tu és todas as coisas evidentemente
direcionadas a mim
Como se eu não fosse um astro
dominado,
Girado em tua orbita
És tudo o que há, sólido ou
invisível,
Artifícios, cartas, tempos, crenças,
O céu a me esperar, o inferno se não
a tenho
Onde tudo se inicia e termina
Incontroláveis artimanhas do destino
Olhos, cabelos, peitos e quadril
Mãos displicentes gestando o que as
palavras dizem,
Fluxo e refluxo de marés, os teus
olhos,
Abrolhos, rochedos onde minha alma
naufraga
Peito ungido de amor e o
E o corpo intumescido de ardor
Aragem e sangue em delírio;
Noite de amor maciamente elaborada
No amanhecer ajoelhado, penitente a
ondular sobre os seus seios
o dia,
Vésper urdida, nascida de mulher,
Indizível plenitude, magia e beleza,
Cabeça inclinada sobre o meu peito,
Homem nascido dessa mulher;
Assim como na natureza eu a vejo
refletida em minha alma,
Forjando no fogo do desejo, a buscar
outra saída.
Eu sigo – Perdido sei que não há
caminhos
A não ser o que, sempre, me leva,
invariavelmente a ti
Charles Burck
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