Uma loucura de sonhos eram as
nossas vidas,
As nossas vidas todas, o amor
era cenário a mais,
Mal o percebíamos então,
Vivíamos horas impossíveis, sem
termos, regras
Mal sabíamos de nós,
Os corpos aturdidos, os sangues
misturados nas veias,
A boca alimentando salivas,
beijos dando vida à vida,
À nossa realidade apenas,
Mergulhávamos e emergíamos do
nosso mar de paixão,
A paisagem amorosa tomada de si
própria. . .
Assim éramos os dois,
Os meus sonhos eram os teus e os
teus somente meus;
Quem tramou contra nós?
As noites escuras traíram as estrelas;
O crepúsculo fecundou o
horizonte de ilusórias paixões?
A aurora não trouxe novos tempos
O isolamento dos exilados é o
que me sobra,
As minhas mãos sem o toque dos
teus afetos,
Os olhos parados cheios de
tédios procuram os teus
Minha perpetua mudez, silenciou
a minha voz
A minha imagem perdeu-se de si;
Teu coração pulsará em sintonia
ao meu;
Teus lábios ainda proferem o meu
nome eu sei,
Mas onde?
E a minha alma onde andará agora
Se nem sabe o meu nome
Se só chama o teu
Charles Burck
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