Hoje brincamos de vento nas madeixas
De ventar como a bulir transgressões,
O desejo nunca se sacia de si,
Mas em si brota quando os teus pelos me tocam
Tenho-te como objeto absurdo de paz,
Mas se me tentas, como posso?
Mas o céu azul traz grandes tempestades,
Gradativamente as chuvas despencam
A convergir de firmamentos adulterando os azuis,
Para que novos tons se façam,
Para que as lágrimas banhadas de oceanos naufraguem em olhos que vagam
Em voos distantes e possam distinguir horizontes
Só peço que não me escapem os céus, ao que eu mergulho nesse amar de sonhos
Não me deixe sem rumos, inundados de elementos reais,
A vida límpida concebe amores mais puros, mas somos autênticos e infratores de nós mesmos,
Comemos e bebemos dos desejos que somos,
Sem arestas, aparas ou atritos,
Somos tudo e somos todos, extravasamos e nos cabemos
Que me perdoem os mortais, mas nós dois somos infinitos
Charles Burck
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