Essencial
Achava-se
vivendo no sonho
Sempre
voltava do sonho com uma saudade imensa,
O
toque de sândalo e uma pedrinha no bolso direito,
Davam-lhe
as boas vindas ao fechar as pálpebras
Janelas
por onde as histórias fluíam,
Colhia
amoras de amores plantadas ao caminho como fonemas maduros
Pronta
para começar tudo de novo
Caminhava
com confiança e sem qualquer razão conhecida, sabia que tudo se desenvolvia
melhor quando apenas amavam sem perguntas
Sem
tentar entender o amor,
Cada
parada devolvia-lhes o vigor imprescindível para colher a vida.
Fechava
as janelas no abraço cúmplice das pestanas que não precisava ver a vida para
ser-se.
Deixava-se
se envolvida
Abandonava-se
e por lá ficava até ter fome de acordar.
No ato
de não interpelar a vida crescia mais,
Alimentava
o melhor de tudo ao dar lembranças às feições dele,
Ao
saber que as almas sentem sem precisar de nós.
Ao que
somos verde natureza e azul mar, prosa e versos no ato de amar
Distâncias,
lonjuras de coisas que não temos, mas sentimos saudades
Somos
as substâncias e as essências atuando,
O amor
nos embrulhando em papeis de presente
E
doando de nós a nós mesmos
Charles
Burck
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