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sábado, 25 de março de 2017

“Foi para ti
Que costurei os meus medos em folhas secas
E pendurei no colo dos ventos,
Que recolhi incertezas varrendo o chão de minha casa interna
Que dei-me todo quando sempre era meio.
Para ti fui tudo, olhos no mais profundo dos olhos,
Mergulhei sem saber do mar,
Que detive as chuvas com a vontade de fazer rios tranquilos
Para ti elaborei perfumes de essências de luas cheias,
Toquei o âmago da terra,
E escrevi palavras que não dizia
Todas me falaram, mas ainda não diziam tudo o que eu tenho
Volto-me a reconhecer, tão cheio de ti, mas reconstruindo a mim




Charles Burck 

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