Mas a vida ganha
espaços novos quando tudo muda de lugar,
A cada instante o tempo
é outro, e tantas coisas viram sopros limpando a alma de tantos resíduos,
É um vento levando
abraços perdidos, beijos não dados, despedidas repentinas,
Então você entende um
pouco mais sobre as faxinas e sobre a vida,
E o dedicar-se a
cultivar afagos e perdões ao invés, de magoas e aflições,
É uma morte das coisas
desnecessárias para novas nascenças,
Barcos de fundos
rachados retirados do cais para outras atracações,
Enganam-me apesar de
tudo as palavras que nunca dizem tudo
Quantas vezes elas nos
iludem aos nos negar as verdades interiras
Há dias em que esse
vento morno são artifícios, a negação das coisas mais simples e verdadeiras
De silêncios que
insistem em dizer o que eu não queremos ouvir.
Ou de gestos que não
sustentas os sentimentos mais profundos,
Sou pássaro e voos
suaves, de alcances longos e de altas altitudes
Há dias que a vida são
voos feitos de pássaros de detalhes,
De horizontes que nos esperam
no batente da janela
De confiar que os cantos
voltem, e os encantos aflorem no limiar entre esse e o outro mundo
Que o coração traduza
os desejos até o próximo voo.
De amar-se sem convulsões,
serenar-se ao ser planícies de ver mais longe
O dizer tudo apenas no gesto de olhar com mais
apuros e atenção
Charles Burck
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