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quarta-feira, 12 de abril de 2017

Mas a vida ganha espaços novos quando tudo muda de lugar,
A cada instante o tempo é outro, e tantas coisas viram sopros limpando a alma de tantos resíduos,
É um vento levando abraços perdidos, beijos não dados, despedidas repentinas,
Então você entende um pouco mais sobre as faxinas e sobre a vida,
E o dedicar-se a cultivar afagos e perdões ao invés, de magoas e aflições,
É uma morte das coisas desnecessárias para novas nascenças,
Barcos de fundos rachados retirados do cais para outras atracações,
Enganam-me apesar de tudo as palavras que nunca dizem tudo
Quantas vezes elas nos iludem aos nos negar as verdades interiras
Há dias em que esse vento morno são artifícios, a negação das coisas mais simples e verdadeiras
De silêncios que insistem em dizer o que eu não queremos ouvir.
Ou de gestos que não sustentas os sentimentos mais profundos,
Sou pássaro e voos suaves, de alcances longos e de altas altitudes  
Há dias que a vida são voos feitos de pássaros de detalhes,
De horizontes que nos esperam no batente da janela
De confiar que os cantos voltem, e os encantos aflorem no limiar entre esse e o outro mundo
Que o coração traduza os desejos até o próximo voo.
De amar-se sem convulsões, serenar-se ao ser planícies de ver mais longe
 O dizer tudo apenas no gesto de olhar com mais apuros e atenção



Charles Burck 







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